domingo, 31 de maio de 2009

Música Mágica

Andando à procura de algo que ela não sabia o que era, Alice se viu na Praça Tiradentes. Ouviu música. Chorinho. Bem tocado. Parecia mesmo um convite! Seguiu o som parou em frente ao Teatro Carlos Gomes, será que vinha de lá? Não. Vinha do alto, como que do céu. Olhou para cima e percebeu uma janela iluminada. Não se aguentou, entrou no prédio que havia em cima do teatro. A música foi ficando mais próxima. Estava em algum apartamento. Andou pelos corredores seguindo as notas que flutuavam pelo ar. E chegou lá.

Sem muita cerimônia entrou. Entrou e viu pessoas que tocavam como anjos! O clima era de boemia antiga, parecia um filme! A energia no ar estava brilhante. Os olhos de Alice faiscavam como diamantes diante de tanta arte! Seus ouvidos se tornaram mais puros ao ouvir as flautas com sua melodia perfeita!

No meio daquela magia toda ela se sentiu plena e feliz! Não se aguentou! Dançou, sorriu, bebeu e cantou! Cantou com voz de passarinho, porque ali tudo ficava mais bonito!

Ao sair se sentiu grande - mas não como se tivesse comido um cogumelo - grande na alma, grande na vida. Sua arte fazia todo sentido depois de viver aquele momento!

E, mais artista, Alice voltou pra casa, com medo de dormir pra não apagar o que vivera! Não conseguiu segurar o sono, mas ao acordar a bela surpresa é que tudo aquilo de alguma maneira ainda estava ali . Então ela teve certeza que era essa a função da arte, mudar alguma coisa nas pessoas e viu que o que ganhara naquela noite de sonho permaneceria com ela para sempre.


sábado, 30 de maio de 2009

Toca Raul!



"Sonho que se sonha só


É só um sonho que se sonha só.


Mas sonho que se sonha junto


É realidade."



quarta-feira, 27 de maio de 2009



"Pouco a pouco o ruído foi diminuíndo, até voltar tudo ao silêncio anterior, e então Alice ergueu a cabeça, assustada. Não viu ninguém, e sua primeira idéia foi que teria sonhado com o Leão e o Unicórnio, e com aqueles esquisitos Mensageiros anglo-saxões. Contudo, lá estava, a seus pés, o grande prato, em que tentara cortar o bolo de passas!
- Então eu não sonhei, a menos que tudo isso faça parte do meu sonho. Só espero é que este seja meu sonho, e não o do Rei Vermelho! Não me agrada fazer parte do sonho de quem quer que seja... Estou com vontade de ir acordá-lo pra ver o que acontece!
Nisto seus pensamentos foram interrompidos por um brado:
- Olá! Olá! Xeque!
E um cavaleiro, vestido de armadura vermelha, veio a galope para seu lado, brandindo uma grande vara. Parou repentinamente o cavalo ao alcançá-la, gritando:
- Você é minha prisioneira!
E caiu do cavalo abaixo no momento em que gritava. Alice assustou-se, mais por ele que por si mesma, apesar do seu grande medo; e não foi sem algum temor que o encarou, até vê-lo tornar a montar. Mal se viu bem acomodado na sela recomeçou ele:
- Você é minha pri...
Mas outra voz interrompeu-o:
- Olá! Olá! Xeque!
Ela olhou em volta, com alguma surpresa, para ver quem era o novo inimigo. Dessa vez era um Cavaleiro Branco. Chegando junto dela, caiu do cavelo, como o Caveleiro Vermelho; depois tornou a montar, e então ambos os Cavaleiros ficaram a se encarar mutuamente, sem nada dizer.
Alice, meio desorientada, encarava também ora um, ora outro...
- Ela é MINHA prisioneira, fique sabendo - disse por fim o Cavaleiro Vermelho.
- Sim, mas depois EU vim libertá-la - replicou o Cavaleiro Branco.
- Nesse caso temos que combater por ela - disse o Cavaleiro Vermelho, pegando o elmo e pondo-o na cabeça.
O elmo, que ele trazia preso ao arção da sela, era uma coisa semelhante a uma cabeça de cavalo.
- Você respeitará as Regras de Combate, naturalmente - observou o Cavaleiro Branco, pondo também o seu elmo.
- Nunca deixo de fazê-lo!
E começaram a dar um no outro, com tal fúria, que Alice foi se abrigar por detrás de uma árvore, para escapar às pancadas.
E lá do seu esconderijo, espiando o combate, pensava consigo:
- Bem quisera eu saber quais serão as Regras de Combate... Uma delas parece que é... quando um Cavaleiro acerta no outro, derruba-o do cavalo; e se lhe falha o golpe, ele mesmo é quem cai... Outra parece ser que eles agarram nos paus com os braços cruzados, como se fossem dois polichinelos... E que barulho fazem ao cair! Parece que é o jogo inteiro de atiçadores caindo no guarda-fogo! E os cavalos, como são mansos! Deixam os Cavaleiros levá-los para diante e para trás, como se... fossem mesas!
Escapara a Alice outra Regra de Combate - e é que eles sempre caíam de cabeça.
Acabou o combate quando ambos caíram, lado a lado, no caminho. Então ergueram-se , apertaram-se as mãos, e o Cavaleiro Vermelho tornou a montar, e partiu a galope.
- Foi uma vitória gloriosa, não foi? - disse o Cavaleiro Branco, ao erguer-se ofegante.
- Não sei - disse Alice, indecisa - Eu não quero ser prisioneira de ninguém. Eu quero ser uma Rainha."

domingo, 24 de maio de 2009

O que vale realmente à pena...

Eu nunca fui uma pessoa muito linear. Tenho meus altos e baixos e vivo as emoções à flor da pele.
Sempre soube que queria ser atriz, desde criança. Mas é lógico que a vida de sonho não é nem de longe parecida com a vida real.
Instabilidade, trabalhos esporádicos, pouca grana. Início de carreira é foda!
Então depois de bater muita cabeça e levar muito não, a gente sempre acaba se perguntando: Será que é isso mesmo que eu quero pra mim??? Será que é teatro mesmo?? Será que to batendo cabeça a toa??
Eu tava nessa fase, até duas semanas atrás... nada se mexe, nada acontece... Tem os projetos em desenvolvimento, mas tudo demora... e a grana não entra.
Não que as coisas tenham mudado radicalmente, mas agora voltou a pintar bastante trabalho e noticias boas o que é bem animador.
Mas o que mais me chamou a atenção foi a certeza que me bateu agora, dentro do 409, voltando pra Botafogo, de ter escolhido a vida certa pra mim:

Eu faço essa contação de histórias que divulguei no post de baixo. Chama-se "Uma tarde na chacara", texto e direção de Murillo Franco. Acontece no segundo domingo em meses alternados (e em algumas datas especiais também) no Museu Casa de Benjamim Constant em Santa Tereza. Eu sempre desconfiei que tinha talento para trabalhar com publico infantil, mas naum imaginei que seria tão prazeroso.
Quando começamos, em agosto do ano passado praticamente não tinha publico. Iamos (e ainda vamos) fazer animação no Bonde para chamar a atenção das pessoas, mas nem sempre dava pra fazer a segunda sessão. Sempre foi muito gostoso, as crianças adoravam a Joaninha e o Bem-te-vi e, independente do número, sempre fizemos com o mesmo carinho e a mesmo vontade.

O que acontece é que aos poucos começou a aumentar o numero de crianças. E hoje, domingo, 24 de maio, conseguimos nada mais e nada mesno do que 75 pessoas por sessão!!! Total de 150!!!

E assim... se qualquer publico é publico, ter umas 50 crianças cantando junto com vc com aquelas vozinhas fininhas, é a coisa mais linda que tem!! E mais gratificante!
Então hoje, dentro do 409, voltando pra Botafogo, eu pensei:

Nessas horas todos os perrengues da vida de artista valem a pena!
Nessas horas não existe a menor dúvida: É TEATRO, É TEATRO, É TEATRO!


sábado, 23 de maio de 2009

Diversão e cultura para o domingo












Como a foto não sai maior , o endereço do Museu Casa de Benjamim Constant é Rua Monte Alegre, 255, Santa Tereza, é pertinho do Largo dos Guimarães e dá pra chegar de bonde, o que torna o passeio mais especial!

Então levem suas crianças e seus adultos!

Além da contação de histórias "Uma tarde na chácara", tem oficina de dobraduras e passeio no parque ecológico do Museu!

Espero todos lá!




sexta-feira, 15 de maio de 2009

Imensamente

"Na estrada onde vou passando
tenho o rosto desenhado.
Dos passos que vou deixando
quase nada foi guardado.

Nas cores da madrugada
mergulhei o olhar descrente.
Das voltas do meu passado
trago apenas o presente.

Minha voz mora no vento
e velóz vai no espaço,
derramando o pensamento
pelos cantos onde passo .

Meu nome é chama queimando
ou quem sabe água corrente
semente de alguma rosa,
ou terra feito horizonte,
ou ponte de alguma estrada,
ou morador, ou viajante.

Venho só de tão distante,
vendo a hora da chegada.

Só alguém que um dia chora,
no outro volta a ser contente.
No sorriso vou morrendo
pra viver imensamente."

Maysa é definitivamente sem igual.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Voando

Escrevendo da Lan House, não sei que inspiração posso ter em cerca de 20 minutos.
Antes eu estava sem internet mas pelo menos meu computador ainda resistia, então escrevia em casa e trazia no pen drive, mas agora que ele morreu de vez... A pressão do contador de minutos (e de centavos) aqui em cima é mesmo massacrante!

Mas apesar de qualquer pressão, quero dizer que as coisas andam bem no mundo de Alice. Ela está firme, segura de seus atos e tentando mais do que nunca voar com as próprias asas.
As tensões aparecem, os obstáculos também, mas Alice está feliz. E com ceretza mais leve. A melhor parte é que a felicidade dela não está condicionada a nenhum outro ser. Somente a ela pertence e é dela sua conquista. Não descartando é claro a presença dos amigos, mas essa felicidade específica que ela vem conquistando, não dá para dividir. E nem para atribuir a qualquer acontecimento. É realmente o resultado das pequenas lições que ela recolhe no dia-a-dia. Das pílulas amargas que ela desistiu de engolir. Dos humores maléficos que ela parou de aceitar. E das coisas belas que ela quer para si. E acha que merece. Tudo isso somado da mesmo a sensação de estado duradouro. Desiludido. E acima de tudo real.
Chegando nesse estágio Alice quer mesmo é alcançar os pontos mais altos. E nunca mais parar de voar.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Tomorrow Never Knows

"Turn off your mind, relax
and float down stream,
It is not dying,
it is not dying

Lay down all thoughts,
surrender to the void,
It is shining,
it is shining.

Yet you may see
the meaning of within
It is being,
it is being

Love is all and love is everyone
It is knowing,
it is knowing

And ignorance and hate mourn the dead
It is believing,
it is believing

But listen to the colour of your dreams
It is not leaving,
it is not leaving

So play the game "Existence" to the end
Of the beginning,
of the beginning
"


-- Tenho que dizer: Lennon/McCartney sempre tem as palavras certas na hora que eu preciso



terça-feira, 5 de maio de 2009

LUTO

Alice em luto pelo Rafael. Rafael Rossini que nos deixou aos 26 anos.

Não posso dizer que o conheci, conversei vez por outra com ele, em momentos de passagem pela cozinha mais animada de Campinas.
O que sei é que ele fez parte da vida de pessoas muuuito queridas que estão muito abaladas com a perda de alguém tão querido.

A morte as vezes é dificil de explicar, nos pega de surpresa e nos deixa sem reação.
Apesar de toda a dor que nos causa, acredito na morte como uma passagem, uma mudança de plano e não como o fim de tudo.

Ao Rodrigo, à família dele, e a todos os que o tiveram em suas vidas, minha solidariedade.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

What happens in Vegas

Não costumo escrever posts no estilo "diário", mas esse fim de semana merece.
Afinal que expectativas de grandes momentos uma festa de Tia Avó de 90 anos pode oferecer??

Bom, tudo começa pelo fato de não ser qualqueeeer Tia Avó! É a Tia Lilita! A senhora de 90 anos mais elegante e animada que existe! Tia de todo mundo! Mais queridaaaa!! Enfim, merecedora de todas as honras.
Depois tem o fato de que a minha família é realmente animada. Teve aquela fase entre os 15 e os 18 em que os filhos dos primos do papai não se entrosavam muito. Mas sei lá... a gente amadurece, graças a deus!

A farra ja começou no hotel (todo mundo no mesmo). Almoção com boa parte do grupo, quarto da galera (Maria Fernanda e Maria Eduarda bombam!) e um desce e sobe danado no elevador.

Ai todo mundo se arrumou. Cara de revista... festona! Comidaiada, coisa de festa de familia. Um monte de gente que lembra de vc pequena e que vc não lembra. Um monte de gente que vc sabe que conhece e não sabe o nome. Um monte de gente fofoqueira dando os detalhes que vc precisa saber antes de conversar com fulano ou beltrano. Festa de família. Depois de um parabens emocionante e de um discurso lindo da Tia Lilita, começou a pista de dança que durou pouco graças à competência do DJ (...).

Mais animada que muita mocinha por ai Tia Lilita dançou muiiito. Se esbaldou!

Mais tarde os primos começaram a chamar pra ir ao Cultural ver o U2 cover.
Fazer o que né? Bora!! Tres carros cheios de Chartuni! Esse Cultural é longe pacas! Mas gente! O lugar é ótimo!

Adriana na pilha! Helena a mais animada! Eu dançando muito! Paula, uma querida! Thaís super fofa! Raquel, linda! Fernando, um gentleman! Fabiano animadaço tb (e que ja conhecia a segunda banda mas mentiu pra gente)! Marcelo que não sabia o que era U2 (foi a minha vingança porque ele me fez ouvir exaltasamba no carro) e Maduca só namorando (ciumes...). João Paulo que ja virou meu fiel escudeiro e Guilherme .. louco! rsrsrs

U2 cover: Muito bom. Los Kactus: Muuuiito bom!
Animação total com direito a café da manha no hotel direto da balada.
O resto eu não posso contar, porque o que acontece em Vegas fica em Vegas.
Mas, posso dizer.... o sangue não nega!
Chartunis comandam! E o sábado foi incrível!
Que venham muitos outros!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

DIT - Trovinha

Esse Dia do Trabalho
é bem coisa de patrão.
Um sossego, um alívio.
Uma nobre concessão.
Um dia de revolução por ano.
E o resto de exploração.

Esse Dia do Trabalho
Faz um bem pra consciência...
Todo mundo descansando
Pra mostrar a obediência.

E quando caí na sexta feira
Que beleza, feriadão.
3 dias imendadinhos
É bonus na ralação
Pode até apertar mais um pouco
Que não vão reclamar não.

Esse Dia do Trabalho
É a maior hipocrisia.
Chore muito o ano todo
com sua conta vazia.
Se o dinheiro não chegar
pra pagar a agonia.

Mas hoje... Sorria!
Afinal é o seu dia!